domingo, 30 de novembro de 2003

CRÍTICA: KILL BILL VOL 1 / Terceira parte

Juro que é a última vez que falo de “Kill Bill – Volume I”, e espero que eu tenha a sorte de falar do Volume 2 o quanto antes. Quem já viu diz que tem mais diálogos e é mais complexo. Bom, pra nós mortais vai demorar alguns meses pra descobrir. Mas tem algumas coisinhas sobre o Volume I que eu ainda gostaria de comentar. Como já deixei claro, “Kill Bill” é fantástico, incrível, surpreendente, o grande filme do ano passado, apesar de uns probleminhas. Por exemplo: a Uma Thurman mata o enfermeiro tarado em pleno hospital, aí parte pro carro dele e fica lá no estacionamento durante treze horas... e ninguém vai lá ver?! Tudo bem, aquele hospital não zela exatamente pela segurança dos seus pacientes, mas treze horas, pelo amordedeus! Nem a polícia texana pode ser tão incompetente assim. Ah, aquela musiquinha assobiada pela Daryl Hannah ainda tá na minha cabeça. Outro ponto de incredulidade total: euzinha aqui não posso viajar de avião nem levando tesourinha de unha, e a Uma viaja com uma espada de samurai na poltrona?! Ô Taranta, pega leve.

Por falar no Tarantino, ele anda espalhando que a versão mostrada nos EUA e aqui no quintal deles (leia-se América Latina) é um lixo, que tem muitos cortes, que o moralismo americano exagerou... E clamou pra que a gente peça pra ver a versão asiática, essa sim da pesada. Sei não, mesmo esta versão já parece bem violenta. Tanto que é meio estranho que a censura seja 12 anos. Só pra lembrar: “Cidade de Deus”, que vários adolescentes meus não puderam conferir, era proibido pra menores de 16.

E olha que “Kill Bill” tá cheio das perversões – pedofilia, enfermeiro que prostitui pacientes em coma, menininha que vê a mãe morrer, assassina vestida de colegial... Só pra citar algumas. Aliás, qual a personagem mais assustadora? É a Gogo, lógico, a teen japonesa. Mesmo sem aquela bola medieval (me isento de não saber o nome técnico daquilo) ela já leva o troféu. Então, em homenagem a todos os membros decepados no filme e à filha que a Uma perde (ou não?), vou contar uma piadinha: um casal sem braços vai ao cinema com o filhinho. Qual é o nome do filme? “Ninguém Segura Este Bebê”. Entendeu? O Taranta apreciaria esse humor negro.

Mais Kill Bill aqui, aqui e aqui.

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