quinta-feira, 15 de julho de 2010

LEITORA LEMBRA DA LOLINHA DURANTE UM PASSEIO NO SHOPPING

Uma leitora querida, a Juliana, me enviou um email tão fofo que perguntei a ela se eu podia publicá-lo aqui. Sei que vai parecer o maior auto-lançamento de confete de que se tem notícia... e é mesmo! Ah, é que eu só coloco as mensagens mais cabeludas que costumo receber. De vez em quando é bom lembrar que nem só de insultos vive a Lolinha.

"Lola querida,

leio todos os dia o seu blog. Virou hábito - hábito dos bons.
Resolvi escrever para você, especificamente, hoje, porque me vi numa situação em que me lembrei imediatamente do seu blog. Estava andando no shopping com minha vó, quando me deparei com um bebê minúsculo e lindo, dormindo quietinho em seu carrinho. Imediatamente, ergui a cabeça pra ver quem era mãe. Não, não era mãe; era pai. O homem me deu um sorriso bem simpático - todo besta do encantamento que o filho provocara em mim - e começou a tagarelar sobre o bebê. Disse que o menino tinha nascido com não-sei-quantos centímetros, que a mãe tinha ficado não-sei-quantas-horas em trabalho de parto, que ele quase nunca chorava, que... E eu só me perguntando: cadê a mãe desse menino? Como é que ela deixa o filho sozinho com esse cara? Bem, na hora em que comecei a duvidar seriamente das qualidades da mãe da criança, me dei conta das absurdices que eu tava pensando. Justo eu, uma mulher de 26 anos na cara, que vive achando que é moderna, que não repete as besteiras que o senso comum adora.
Pois é, meu momento de reflexão se deve , em grande parte, à leitura do seu blog. Não sou do tipo que diz 'sim' pra tudo, que não para pra refletir a respeito de nada, mas você e seus textos me fizeram prestar atenção em detalhes, em questões que são menos óbvias. Ter opinião sobre aborto, drogas, religião é bem mais fácil, né? Difícil é analisar nossas próprias atitudes, nosso próprio discurso, assim, no dia-a-dia.
Sabia que passei a prestar atenção nas aulas que dou? Sou professora de uma turma de sexto ano formada por 10 meninos e 4 meninas e me peguei muitas vezes dando exemplos 'destinados' aos meninos: frases relacionadas ao 'universo masculino'. Até me assustei quando me vi exigindo que as meninas ficassem mais 'comportadas' que os meninos. Pois é, e eu que pensava que não reproduzia os modelos, os hábitos que experienciei ao longo dos anos que passei na sala de aula como aluna...
Bem, Lola, é isso! Já disse que amo o blog, né? rsrsrs Gosto mesmo, apesar de nem sempre concordo com o que vc diz. Às vezes, fico pensando: 'ai, meu deus, lola, não seja tãooo radical...' rsrsrs Te dou os parabéns por ser a provocadora e mediadora de debates tão inteligentes e interessantes. Você tem mesmo os comentaristas mais afiados da blogosfera!
Um beijo bem grande pra vc e pro maridão."

28 comentários:

Margot disse...

Mensagem mega fofa :) Concordo 100% :-)

Anônimo disse...

Gente... eu pensei que o email fosse se enveredar por outros caminhos! Pensei que a autora fosse ser surpreendida em saber que o pai da criança era gay e que tinha feito barriga de aluguel!
Bjos.

Lord Anderson disse...

Eu não tenho filhos, mas tenho 5 sobrinhos, 3 meninos e duas meninas (entre elas a mais jovem vegetariana que ja conheci ^^).

Devido a uns problemas familiares enfrentados pela minha irmã, participeu muito da criação deles, e sou um tio curuja assumido, completamente apaixonado por eles.

Costumo visita-lo, brincar com eles, leva-los p/ passear, etc

e ja fui alvo desse tipo de olhar surpreso, principalmente quando acompanho as meninas.

Alguns foram mais que surpresos, mas é comprenssivel. Não spo devido a falta de habito de muitos homens, mas tb aos crimes absurdos que são noticiados com certa frequencia.

Mas falando do post em si, muito legal esse esforço da Juliana em não apenas repetir discursos modernos e liberais, mas sim , mudar atitudes e conceitos previos.

Parabens a ela e a vc pelo blog.

M disse...

Ela tem toda a razão sobre o blog e sobre essas esteriotipações que a sociedade provoca em nós.

Beijos Lola!

aiaiai disse...

Parabéns a juliana que tá conseguindo ver que os preconceitos só existem porque estão dentro de nós. E parabéns a você lolinha que consegue com sua sinceridade fazer as pessoas perceberem isso, sem provocar mais preconceitos e magoas.

Agora, tenho que aproveitar e mandar um pitaco no assunto que mais gosto.

A experiência da Juliana me fez lembrar - mais uma vez - que ainda está longe o dia em que será natural um homem cuidar dos filhos, da casa, da comida, etc...enquanto sua mulher trabalha.

Portanto, ainda está longe o dia em que eu vou achar normal uma mulher tomar a decisão de largar o emprego e ser dona de casa.
Até lá, continuarei afirmando que elas estão prejudicando a evolução da nossa sociedade e atrasando o dia em que será natural um homem cuidar do seu pimpolho.

aiaiai disse...

Mais um pitaco (agora fora do assunto) vcs leram a deliciosa coluna do Sírio Possenti hoje?
Leiam!!!

http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI4566879-EI8425,00-Chamar+Eliza+de+amante+e+tratamento+desigual.html

Carla Mazaro disse...

É Lolinha, seus blog abre nossos olhos, rsrs

Rita disse...

Oi,

A Juliana tem um papel fundamental nesse lance do comportamento dos adolescentes: é bem ali, na adolescência, que o bicho começa a pegar pra valer, que tantos machistas se formam - e haja trabalho depois para sacudir as cabecinhas. E não falo só dos meninos: as meninas também são ensinadas a virar juízes de suas amigas, a criticar quem se exibe ou se impõe ou isso ou aquilo. E aí já era, viramos, nós, mulheres, nossas maiores inimigas. Então, parabéns, Juliana, pela disposição em questionar seu próprio discurso. Repito, em uma professora de adolescentes isso vale muito, muito mesmo.

Aiaiai (e todo mundo), sobre esse discurso torto em torno da Eliza, escrevi aqui: http://www.estradaanil.com/2010/07/nao-foi-eliza.html

E eu sei que vocês não devem mais aguentar essa conversa, mas quando achei que já tinha ouvido de tudo, vi isso no twitter: diante da notícia de que uma atriz tinha ganhado na justiça o direito de receber uma pensão milionária de seu ex-marido, jogador de futebol, alguém disparou: "viram, o Bruno que tava certo; agiu em legítima defesa". Oi? :-/

(Só pra constar, pra ninguém entender errado: acho o lance da pensão absurdo, mas isso é outra história.)

Beijinhos, Lola
Rita

Marissa Rangel-Biddle disse...

Email fofo, fofo, fofo!

Beijos pra ti , Lolissima!

Umrae disse...

Legal a reflexão dela.
Eu tenho um tio que trabalha meio período, então ele cuidava da minha prima quando ela era pequena, cozinha (e limpava a cozinha depois), faz supermercado ( e sempre sabe o preço de tudo em todos os lugares, sempre caça as promoções todas), etc. O pessoal fica pasmo. Tem mulheres que acham absurdo (poucas) e tem as que ficam com inveja. Mas no que ninguém para para pensar é que a minha tia trabalha em período integral e ganha muito mais que ele, então, o que é que tem que ele faça a maior parte das tarefas domésticas já que ela não tem tempo e ele tem. Para mim era... sei lá... tão lógico!

Giovanni Gouveia disse...

hahaha

Meu avô nunca pegou um filho recém nascido no colo, meu pai já pegava no colo mas não limpava, eu fiz quase tudo (ou tudo que a natureza me permitiu, ou seja, só não pari nem dei peito) pelo meu filho...

Mas há muitos preconceitos que a gente, ainda que inconsciente, reproduz por pura ignorância, como aliás fruto da ignorância é todo pré conceito, a idéia pré concebida nada mais é do que isso.

Não a toa que vivo aqui no blog de Lola, aprendendo a superar/suprimir os resquícios que ainda me restam de préconceito e fobias sociais...

Karen Lommez disse...

Lola, que bom que desta vez vc publicou um e-mail de uma pessoa que admira seu blog e seus texto! Somos muitos com certeza, embora com frequência surjam criaturas indignadas aqui, reclamando do tanto que vc ofende as instituições e a tradicional família e sociedade brasileira... Mal sabem elas a importância do conflito de ideias e do respeito a pemsamentos diferentes. Vida longa e próspera a vc e a seu blog. bj

Anônimo disse...

Lola, adorei o e-mail da leitora.
Não sei se chegaste a falar aqui no blog sobre o assunto do estupro de uma menina de 13 anos pelo filho do dono da RBS? Me parece que a imprensa está fazendo cerco fechado e ninguém noticia em consideração de ser o filho do dono de uma agregada À REDE GLOBO. Se for verdade essa história, vou divulgar para todos que conheço. Imprensa livre? Até parece coronelismo.

Por aqui eu vi a história:

http://www.adjorisc.com.br/jornais/obarrigaverde/policial/filho-de-dono-da-rbs-confirma-estupro-1.313384

Elaine Cris disse...

Gostei muito do email. Acho que a gente deve sim exercitar a autocrítica, não deixar que certos condicionamentos ou preconceitos tomem conta da gente.
Às vezes vejo alguns homens com crianças, sozinhos, às vezes de colo, parece se tornar cada vez mais comum e fico feliz com isso. Ou até mesmo acompanhados pelas mães, mas dando toda a atenção aos filhos. Felizmente já tem muita gente que não acha mais que o único papel do pai, é sustentar os filhos, eles também tem que cuidar, educadar, dar carinho, enfim...

aiaiai disse...

Umrae, me responde uma coisa com sinceridadeAi...essa eu não vou deixar pass
Vc disse:
"Mas no que ninguém para para pensar é que a minha tia trabalha em período integral e ganha muito mais que ele, então, o que é que tem que ele faça a maior parte das tarefas domésticas já que ela não tem tempo e ele tem. Para mim era... sei lá... tão lógico!"

Pois é, né? A Umrae nem se deu conta do preconceito implicito na frase dela...Se a mulher é que ganha dinheiro, então tá certo o marido fazer as coisas da casa...

Daí pergunto eu, a chata da aiaiai:
Umrae e outros: e se ele divesse escolhido largar um empregão e ficar fazendo meio periodo para poder cuidar da casa e dos filhos? Você ia continuar apoiando ele ou ia achar ele um folgado, perdedor, cafetão da pobre da mulher que trabalha o dia todo?????

Clara Gurgel disse...

Uma vez quando estava numa lanchonete com meus filhos(2 e 6 anos) e fazia um "pequeno malabarismo" para atendê-los,pude notar certos olhares inquisitivos,principalmente de alguns homens.É como se eles achassem que havia algo de errado no fato de eu estar sozinha ali com as crianças.Olharzinho tipo:"aí,tem...ou é separada,ou mãe solteira(como se isso fosse algum defeito),ou mal amada..." Sei lá!Não sei se foi impressão minha,se ando lendo muito o blog do Lolinha,rsrsrs,mas que fiquei "com a pulga atrás da orelha",fiquei...

Pili disse...

Pra mim também é natural que quem está com mais tempo porque não cumpre expediente faça mais tarefas na casa...
Só que tem mais aspectos na lógica machista além de qualificar casa e filhos simplesmente como coisa de mulher.
Pra muita gente, tanto homens quanto mulheres, a competiçao dentro do casamento ainda existe.
Tem gente que se sente verdadeiramente mal por nao ganhar tanto dinheiro quanto o outro, ou nao ter tanto sucesso profissional quanto o outro.
(E em parte isso é até uma vaidade própria, nem depende tanto da comparação com o outro)
Enfim, um homem que cuida um pouco mais dos filhos e de casa do que o comum que a gente vê, passa a imagem de que não está com um trabalho tão bom quanto "deveria".
A escolha que pra uns denota dedicação, pra machistas pode denotar fracasso.
... triste, né?

Unknown disse...

Não vejo lançamento de confete algum, Lola. hahah
É tão bom receber msgs realmente sinceras.
Email Fofo, fofo.
Um bom incentivo pra que eu passe aqui no blog com mais frequência, já que tenho andado ausente por aqui ultimamente.

Umrae disse...

Aiaiai:
Natural (lógico) é ele tendo tempo, e ela não, fazer as tarefas.
Mas refletindo e respondendo respondendo à sua pergunta:

Achar um perdedor, um explorador ou um folgado jamais acharia, porque eu sei bem o que é ter que ficar em um emprego que se destesta e não se poder fazer o que gosta por precisar de dinheiro. Mas se os tempos fossem de crise financeira grave, o emprego da minha tia não fosse estável e eles estivessem muito endividados (tudo isso junto), eu provavelmente acharia que ele é meio louco e estaria se arriscando demais. Mas nessas condições, se fosse ela, e não ele, eu também acharia.
Eles fizeram as contas e viram que dava para viver assim sem passar privações sérias. E minha tia tem um emprego bem estável, então o risco era baixo.
Para mim, dinheiro tem um peso importante nesse tipo de decisão sim. Porque vontade de sair de um emprego que paga muito bem muita gente tem, mas não necessariamente consegue naquele momento (e nem só para ficar com filhos ou cuidar da casa, para estudar, tentar outra carreira, etc), principalmente quando há parcelas de apartamento para pagar ou uma criança pequena que dá muitas despesas. Tem que fazer as contas para ver se dá sim.
A gente já tem que viver normalmente com a insegurança de poder ser demitido e perder metade /uma parte do orçamento. Há momentos em que é um pouco menos inseguro largar tudo, então se planeja, se guarda mais dinheiro, se corta custos. Há momentos em que é muito ruim arriscar.

Acho que sou neurótica demais em relação a dinheiro.

Aline disse...

Mas Aiaiai, o feminismo não prega justamente a liberdade de escolha das mulheres? Se a mulher quiser cuidar dos filhos por sua própria vontade e não por imposição, qual é o problema? Eu quero PODER escolher cuidar dos meus filhos a maior parte do tempo sem ser tachada de retrógrada, sabe? É a MINHA escolha.

Eu tenho um filho de 9 meses e quero estar com ele o maior tempo possível. Voltei a trabalhar, mas só uma vez por semana (dou aula) e isso porque é aos sábados e ele pode ficar com minha mãe. Eu não tenho coragem de deixá-lo numa creche, por exemplo, pois ele é ainda muito pequeno e eu posso, no momento, ficar sem trabalhar mais do que isso.

Ano que vem devo pegar mais 2 dias de aula, mas não pretendo aumentar mais, ainda. Pelo menos até ele completar 3 anos. É óbvio que muita coisa pode mudar nesse tempo, mas se eu puder ter essa escolha, eu a farei pela simples razão de querer estar sempre presente nos primeiros anos de vida do meu filho. Eu acho isso mais importante que qualquer emprego.

Agora, pessoalmente, não aguentaria ficar majoritariamente em casa mais do que 3 anos não! Principalmente em se tratando de estudo, MAS não tenho nada contra quem consegue.

Luna disse...

As pessoas se surpreendem quando digo que quem cozinha na minha casa é meu avô, não minha mãe. Aliás ele faria tudo, mas está velhinho e minha mãe e minha tia não deixam, rs.

E as pessoas se surpreendem também quando conto que quando meus pais se conheceram, ela era a chefe dele. E inclusive teve um período que ela trabalhou fora pra sustentar e ele ficou com todo o serviço de casa: cozinhar, passar roupa, etc. E já aconteceu o inverso: ele fora, ela em casa. Nunca vi problema algum nisso.

Eu concordo com Umrae que considerando que um dos dois tem emprego e pode sustentar e não se incomoda, natural a outra parte assumir responsabilidades domésticas. Sei lá, isso é tão lógico!

aiaiai disse...

Aline,

E o seu marido? Ele pode ficar sem conviver com o filho???


A questão é que as mulheres estão "optando" por voltar para casa. E pronto. Elas não estão pensando em continuar de alguma forma produzindo, estudando, etc...querem ser donas de casa!!! Como nos anos 50!!!! 1950!!!


Teve uma que até escreveu que estava amando poder fazer risotos. Elas falam disso como se fosse uma conquista. Falam disso com orgulho. PQP. Pessoas morreram, sofreram, lutaram para que a gente pudesse fazer o que quer. OK, vamos escolher. Mas não vamos escolher ser dependentes do marido de novo, po!!! É tão difícil de entender assim?

Ai falam: ah, mas meu marido é legal, a gente decidiu junto...PQP...vocês acreditam mesmo nisso?????

Eu, antes de ficar grávida, decidi que iria trabalhar em casa. Para mim só valeria ter um filho se eu pudesse acompanhar cada passo dele. Dei meu jeito. Em nenhum momento pensei em ficar em casa cuidando dele e cozinhando para o maridão.
E deu certo. O maridão gostou da ideia e fez o mesmo. resultado é que criamos nosso filho juntos.

Muita gente achava que eu não ia conseguir, mas eu consegui e hoje sou uma profissional até mais bem paga do que era quando trabalhava em escritório.

Se eu fosse muito rica, casasse com um homem muito rico, etc...ainda assim não deixaria de ter um trabalho meu, uma atividade que contribua para a sociedade e que me permita ser mais do que só uma mãe/esposa. Não que ser mãe/esposa não seja bom...é maravilhoso. Posso garantir.

Deu pra entender?

Eu acho maravilhoso que a gente esteja vivendo num mundo de possibilidades inéditas. Há 30 anos seria impossível fazer o que eu faço em casa. Mas, há 15 anos eu decidi que ia tentar e consegui.

Agora, a moça se formar, começar uma carreira brilhante, gostar do que faz e abandonar tudo para ser "do lar", lamento, não é escolha, é retrocesso, é falta de gratidão com as feministas que tanto lutaram para que a gente chegasse até aqui e pudesse, agora, avançar para a igualdade.

Sim...porque ainda falta muito para a igualdade. Eu quero a igualdade de um homem poder escolher ficar em casa também. Que tal?

É possível: na suécia e na finlândia até as leis contribuem para que homens e mulheres possam compartilhar as experiências no lar e fora do lar com igualdade. E as mulheres lá continuam lutando. Outro dia estavam queimando dinheiro para protestar contra a diferença salarial entre homens e mulheres...que é pequena lá, mas ainda existe. Aqui é enorme, você sabe, né?

Christina Frenzel disse...

Lola, mega saudades de você!!!
Dei uma lida nos posts desta página apenas, pois o tempo está MUITO curto. Já estava antes, agora, com criança em casa de férias, você nem imagina rsss
Sobre Eclipse... sou suspeita, adorei os livros e, estou adorando os filmes =) Indepentende de conteúdo adolescente ou homoerotismo ou roteiro machista/feminista/whatever.
COpa do mundo, né? rsss Fiquei triste com a Alemanha renegada ao terceiro lugar, mas acho que a Espanha mereceu, claro.
Gostei do post da sua leitora, mas, ficou uma sensação de `much ado about nothing`, sabe como é? rsss

Beijos e xodadis

Koppe disse...

Eu também vivo percebendo certas coisas e fazendo paralelos com algo que li aqui. Às vezes faço algum comentário e fico olhando a cara de espanto que homens e mulheres fazem diante de certas idéias (principalmente sendo defendidas por um homem...). Sabem, o que discutimos aqui, pra muita gente é algo tão irreal que não conseguem nem compreender direito. Pra muitas pessoas que conheço, a idéia de a mulher trabalhar e o marido cuidar dos filhos parece algo fora da realidade, assim como a idéia de uma mulher exercer certas profissões (alguém aí já conheceu alguma marceneira? serralheira? fazedora de cargas em caminhões? pintora de paredes? etc.). Também percebo que muitas mulheres são mais machistas do que os homens, e me olham com cara de espanto quando digo que é machismo ela chamar outra de "vagabunda" só porque essa outra troca de namorado com alguma freqüência. Também tenho colega que se orgulha de que a esposa não sai de casa porque ele proibiu (pra evitar "comentários" o que quer que seja isso) e outro que espera que a mulher nunca queira trabalhar, porque ele "já dá tudo que ela quer/precisa" então seria "desnecessário" (mas ele só não consegue explicar por que ele prefere isso, esse pelo menos reconhece que a decisão final é dela). Essas coisas sempre me chamaram atenção, mas depois de muitas coisas que li aqui consigo compreender melhor.

Anônimo disse...

Ainn que fofa!!

Raquel Correa disse...

Ah Lola! Mas eu tambem, enquanto leitora assidua, ja me peguei em algumas situacoes do meu cotidiano onde lembrei de vc, do que vc escreve.
Nao vou pra cama sem a Lola...kkkkkkkk (adoro ler o blog direto do iphone deitada na minha caminha, tipo ritual antes de dormir, sabe?)

Umrae disse...

Sei lá... EU não tenho vontade nenhuma de parar de trabalhar para ficar em casa cuidando de filho (e acho que ele ou ela sobreviveria muito bem, sem grandes traumas, mesmo assim), mas essa sou EU. Também não acho justo querer impôr aos outros o que seria bom para mim.
Até porque ninguém nos comentários disse que um dos dois tenha que largar o emprego, disse que que se um QUER e não há problemas de ordem financeira, pode.

Aiaiai: em um ponto você tem e não tem razão... Porque você fala: a menina começa uma carreira brilhante, faz o que gosta e tal. Acontece que nem todo mundo tem uma carreira brilhante, faz o que gosta e tal. Realmente há casos em que a situação do mercado de trabalho hoje (que é cruel com todo mundo, mas com as mulheres mais ainda) influencie esse tipo de decisão porque muita gente não está conseguindo se sentir realizada com o emprego. Aí você imagina a situação particular de uma mulher que trabalha em um cargo administrativo burocrático que não é exatamente a coisa mais interessante do mundo, que paga relativamente pouco, sendo que ela não tem muito dinheiro disponível para continuar a educação e não faz o tipo totalmente autodidata, as outras oportunidades de emprego que ela tem são igualmente desinteressantes...
Aí a escolinha do filho custa mais de R$1000,00, fora as outras despesas do cuidado da casa. O salário dela não cobre essas despesas...
ISSO sim é injusto, ela parar de trabalhar porque as oportunidades de emprego são ruins e assim a família equilibra melhor o orçamento, apesar de cuidar dos filhos em tempo integral não ter nada a var com o ideal dela de realização. E isso acontece com algumas pessoas sim.
Isso é diferente de ficar em casa porque realmente se quer exclusivamente cuidar dos filhos e isso vai trazer mais realização pessoal. E isso não é não produzir nada e não contribuir com a sociedade.
Há casos e casos, não dá para colocar tudo no mesmo pacote.

Vivien Morgato : disse...

Acho super simpatico fazer elogios fundamentados: a César o que é de César.
beijocas.